44 – Trabalho Interno (Inside Job)

Documentário

País: EUA

Ano de lançamento: 2010

Nota: 5

As especulações imobiliárias, as fusões de grandes empresas financeiras e a negligência na regulação do setor financeiro levaram os Estados Unidos a uma crise em 2008. O resultado desses fatores levou bancos à falência, aumento do desemprego e muitas pessoas perderam as suas casas.

Para entender como desenvolveu todas as especulações e qual foi o papel do governo estadunidense, o documentário traz entrevistas de executivos, economistas, políticos e psicanalistas. Muitos protagonistas não quiserem aparecer em frente às câmeras.

A economia americana gerava muito dinheiro para bancos e fundos de investimentos, que investiam em ações de riscos. O dinheiro financiador era oriundo de poupanças e previdências privadas. Essas rendas não poderiam ser usadas para esses fins, muitas leis foram quebradas para permitir esse tipo de ação.

A responsabilidade da crise não era só das financeiras, mas também das reguladoras de finanças, as agências governamentais. A influência dos lobistas e o dinheiro investido nas campanhas eleitorais serviram para colocar uma venda nos olhos dos políticos estadunidenses. Quando retiraram a venda já era tarde, os EUA precisavam injetar dinheiro e se tornar acionistas das financeiras, era o único jeito de evitar o pior.

A conivência entre políticos e Wall Street foi o grande causador da crise econômica, os regulamentos financeiros foram quebrados, porque executivos estavam à frente das agências reguladoras. Enquanto, as ações davam lucros para os executivos e para as financeiras, os lobistas enxertaram verbas para campanhas políticas e o sistema funcionava, os riscos não foram medidos. Quando a economia caiu, os responsáveis saíram sem grandes prejuízos, e como sempre os mais abastados ficaram os maus resultados.

O filme “Trabalho Interno” traz muitas entrevistas com as pessoas responsáveis pelo setor financeiros das empresas e do governo. Muitas falas caem em contradições, os especialistas ficam “contra a parede”. Na parte técnica, os cortes e a montagem parecem de obras de ficção, por isso mesmo quem não é acostumado com documentários pode gostar, embora as discussões sejam densas.

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